A secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, afirmou, nesta terça-feira (1º), que um “baile funk-piloto” será realizado, ainda este ano, na comunidade da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. “Será um embrião para futuros bailes, que vão respeitar as questões de segurança pública e de sonorização, incluindo a Lei do Silêncio", informou.
A secretária foi uma das participantes de uma reunião que debateu a realização dos bailes funk no estado do Rio, realizada no gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, no Centro, e que contou com autoridades dos três poderes.
De acordo com a secretária, o Clube do Boqueirão, próximo ao Aterro do Flamengo, e a Cidade de Deus, na Zona Oeste, devem sediar os bailes seguintes. Ela ressaltou que empresários vão ser convidados para o projeto. "É melhor ter o patrocínio de uma grande empresa do que do tráfico", ponderou Adriana Rattes. A secretária não garantiu que a entrada será gratuita, mas ressaltou que é uma "preocupação manter os bailes populares".
Defensor do funk cobra mudanças na lei
“Marginal é marginal, e agente cultural é agente cultural!” Foi com essa frase que o MC Leonardo, presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APA-Funk), empunhou a bandeira em defesa da realização dos bailes. O MC, que é a sigla para mestre de cerimônias, que acompanha os cantores de funk, disse na reunião que é necessário quebrar resistências das autoridades e da população, além de diminuir a burocracia da legislação.
“O maior preconceito que enfrentamos é o fato de o funk não ser tratado como cultura, porque vem da favela”, afirmou ele. “A gente tem que mudar a lei para que os bailes sejam viáveis. Não pode ser exigido, por exemplo, estacionamento ou poda de árvores, como fazem para outros tipos de evento”, argumentou o MC. "Eu achei a reunião muito positiva. O Rio, o Brasil e os turistas gostam de funk, que além de tudo é uma atividade econômica", ressaltou a cantora Fernanda Abreu, entusiasta do funk, que também esteve presente ao encontro.
Comunidades com UPP têm mais facilidade para realizar bailes funk
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presente à reunião, é o autor da lei 5.543/09, que define o funk como manifestação cultural e determina que o assunto seja tratado, prioritariamente, pelos órgãos de cultura. Freixo concorda com o MC Leonardo de que é necessário ter uma lei que torne os bailes funks viáveis. “Hoje, a legislação é muito restritiva”, enfatizou. “Os bailes funks também precisam e podem criar empregos”, acrescentou.
O coronel Róbson Rodrigues da Silva, coordenador de Análise Criminal da Polícia Militar, ponderou que as comunidades que já contam com as unidades de polícia pacificadora (UPPs) vão ter mais facilidade em abrigar bailes funk. "O grande problema das comunidades sem UPP é que o baile funk é usurpado pelo narcotráfico", observou o coronel. Ele ressaltou que não existe preconceito com o funk dentro da corporação. "A PM não pode ter preconceitos. Independente do gosto individual do policial, ele tem que seguir o que o estado democrático de direito determina", afirmou.
"Nós vamos nos reunir e fazer estudos para uma legislação que permita os bailes funk, preservando a segurança pública e os interesses da população", concluiu o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes. A próxima reunião para debater a realização de bailes funk no estado foi marcada segunda-feira que vem, dia 7 de junho.
A secretária foi uma das participantes de uma reunião que debateu a realização dos bailes funk no estado do Rio, realizada no gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, no Centro, e que contou com autoridades dos três poderes.
De acordo com a secretária, o Clube do Boqueirão, próximo ao Aterro do Flamengo, e a Cidade de Deus, na Zona Oeste, devem sediar os bailes seguintes. Ela ressaltou que empresários vão ser convidados para o projeto. "É melhor ter o patrocínio de uma grande empresa do que do tráfico", ponderou Adriana Rattes. A secretária não garantiu que a entrada será gratuita, mas ressaltou que é uma "preocupação manter os bailes populares".
Defensor do funk cobra mudanças na lei
“Marginal é marginal, e agente cultural é agente cultural!” Foi com essa frase que o MC Leonardo, presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APA-Funk), empunhou a bandeira em defesa da realização dos bailes. O MC, que é a sigla para mestre de cerimônias, que acompanha os cantores de funk, disse na reunião que é necessário quebrar resistências das autoridades e da população, além de diminuir a burocracia da legislação.
“O maior preconceito que enfrentamos é o fato de o funk não ser tratado como cultura, porque vem da favela”, afirmou ele. “A gente tem que mudar a lei para que os bailes sejam viáveis. Não pode ser exigido, por exemplo, estacionamento ou poda de árvores, como fazem para outros tipos de evento”, argumentou o MC. "Eu achei a reunião muito positiva. O Rio, o Brasil e os turistas gostam de funk, que além de tudo é uma atividade econômica", ressaltou a cantora Fernanda Abreu, entusiasta do funk, que também esteve presente ao encontro.
Comunidades com UPP têm mais facilidade para realizar bailes funk
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presente à reunião, é o autor da lei 5.543/09, que define o funk como manifestação cultural e determina que o assunto seja tratado, prioritariamente, pelos órgãos de cultura. Freixo concorda com o MC Leonardo de que é necessário ter uma lei que torne os bailes funks viáveis. “Hoje, a legislação é muito restritiva”, enfatizou. “Os bailes funks também precisam e podem criar empregos”, acrescentou.
O coronel Róbson Rodrigues da Silva, coordenador de Análise Criminal da Polícia Militar, ponderou que as comunidades que já contam com as unidades de polícia pacificadora (UPPs) vão ter mais facilidade em abrigar bailes funk. "O grande problema das comunidades sem UPP é que o baile funk é usurpado pelo narcotráfico", observou o coronel. Ele ressaltou que não existe preconceito com o funk dentro da corporação. "A PM não pode ter preconceitos. Independente do gosto individual do policial, ele tem que seguir o que o estado democrático de direito determina", afirmou.
"Nós vamos nos reunir e fazer estudos para uma legislação que permita os bailes funk, preservando a segurança pública e os interesses da população", concluiu o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes. A próxima reunião para debater a realização de bailes funk no estado foi marcada segunda-feira que vem, dia 7 de junho.
Crédito: Foto - Bernardo Tabak / Matéria G1
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