Com quem está a polícia?
Depois das reportagens veiculadas pelo RJTV (aqui) e pelo portal G1 (aqui), da Globo, a assessoria de imprensa da PM solicitou reunião com MC Leonardo, presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk). O encontro aconteceu no QG da polícia, no centro do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15/7) – o vice-presidente da Apafunk, Mano Teko, também compareceu.
O major Oderlei, relações públicas da PM, disse que houve um mal entendido, que ”a imprensa interpretou de forma extrema” suas declarações e que “a PM não proíbe o baile, apóia todas as manifestações culturais que sejam legítimas e saudáveis para a sociedade”. Contudo, completou, “para que certos eventos aconteçam há que se cumprir determinadas regras”.
A conversa correu de forma amistosa. O que não impediu que MC Leonardo fosse direto ao ponto: “Não vou ficar implorando por um direito”, disse o presidente da Apafunk. A consideração foi feita quando o oficial pediu que antes da Roda de Funk no Dona Marta ele pedisse autorização ao comandante do batalhão da região. Amigos, amigos, negócios à parte. No caso, manifestação política à parte.
Cá entre nós: é preciso ter peito pra chegar no Quartel General da PM e mandar essa.
A postura da Apafunk foi firme e decidida. E corajosa, porque a Roda no Dona Marta fora proibida há quinze dias pelo comando do batalhão local. Houve até ameça de repressão com tropa de choque, feita pelo comandante. No entanto, é preciso lembrar que a Polícia Militar é um órgão vinculado ao governo estadual, que funciona com o dinheiro pago por todos os cidadãos fluminenses. Portanto, seu objetivo é contribuir com a segurança desses cidadãos. E aproveitando a pesquisa recém-divulgada pelo IPEA, vale ressaltar que os mais pobres pagam mais impostos que os mais ricos (44,5% contra 23%, íntegra aqui). Ou seja, até por uma lógica mercantilista (que não é o caso) a polícia deveria ter mais atenção ao entrar numa favela.
A propósito, na noite desta quarta-feira moradores do Morro dos Macacos protestaram contra a violência policial e afirmaram que nenhuma das mortes causadas pela polícia ocorreram em confronto. Até o RJTV deu, apesar de ter sido uma notinha de ridículos 22 segundos, com o devido cuidado para não mostrar as faixas e nem entrevistar ninguém que pudesse constranger o governador – veja a íntegra aqui).
No próximo domingo vamos observar o comportamento da polícia. Os “homens da lei” garantirão o direito de manifestação política previsto na Constituição ou reprimirão os participantes da Roda de Funk?
Depois das reportagens veiculadas pelo RJTV (aqui) e pelo portal G1 (aqui), da Globo, a assessoria de imprensa da PM solicitou reunião com MC Leonardo, presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk). O encontro aconteceu no QG da polícia, no centro do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15/7) – o vice-presidente da Apafunk, Mano Teko, também compareceu.
O major Oderlei, relações públicas da PM, disse que houve um mal entendido, que ”a imprensa interpretou de forma extrema” suas declarações e que “a PM não proíbe o baile, apóia todas as manifestações culturais que sejam legítimas e saudáveis para a sociedade”. Contudo, completou, “para que certos eventos aconteçam há que se cumprir determinadas regras”.
A conversa correu de forma amistosa. O que não impediu que MC Leonardo fosse direto ao ponto: “Não vou ficar implorando por um direito”, disse o presidente da Apafunk. A consideração foi feita quando o oficial pediu que antes da Roda de Funk no Dona Marta ele pedisse autorização ao comandante do batalhão da região. Amigos, amigos, negócios à parte. No caso, manifestação política à parte.
Cá entre nós: é preciso ter peito pra chegar no Quartel General da PM e mandar essa.
A postura da Apafunk foi firme e decidida. E corajosa, porque a Roda no Dona Marta fora proibida há quinze dias pelo comando do batalhão local. Houve até ameça de repressão com tropa de choque, feita pelo comandante. No entanto, é preciso lembrar que a Polícia Militar é um órgão vinculado ao governo estadual, que funciona com o dinheiro pago por todos os cidadãos fluminenses. Portanto, seu objetivo é contribuir com a segurança desses cidadãos. E aproveitando a pesquisa recém-divulgada pelo IPEA, vale ressaltar que os mais pobres pagam mais impostos que os mais ricos (44,5% contra 23%, íntegra aqui). Ou seja, até por uma lógica mercantilista (que não é o caso) a polícia deveria ter mais atenção ao entrar numa favela.
A propósito, na noite desta quarta-feira moradores do Morro dos Macacos protestaram contra a violência policial e afirmaram que nenhuma das mortes causadas pela polícia ocorreram em confronto. Até o RJTV deu, apesar de ter sido uma notinha de ridículos 22 segundos, com o devido cuidado para não mostrar as faixas e nem entrevistar ninguém que pudesse constranger o governador – veja a íntegra aqui).
No próximo domingo vamos observar o comportamento da polícia. Os “homens da lei” garantirão o direito de manifestação política previsto na Constituição ou reprimirão os participantes da Roda de Funk?
Créditos: Marcelo Salles/Fazendo Média
comentários: 1 Postar um comentário
julho 16, 2009
Moro na Gardênia Azul (JPA). Antigamente, curtia o Country da Praça Seca e o Renascer. Domingão tõ ai pra fortalecer. Abraço. E parabéns pela iniciativa. O funk verdadeiro é esse aí.
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