O funk carioca é um ritmo musical que nasceu nas periferias da cidade e que estourou na década de 90, com o LP Rap Brasil, do hoje famoso DJ Marlboro. Já se passaram quase 20 anos e muitos profissionais já viveram o auge e a decadência por falta de uma melhor estrutura.
Um grupo de pessoas que atuam como MC, DJ e produtor do gênero se juntaram para tentar a Associação dos Profissionais e Artistas do Funk (APAF). A intenção do grupo é dar todo o suporte jurídico e criar uma assessoria de imprensa para os artistas. Um dos planos, segundo o MC Leonardo, um dos idealizadores da associação, é criar um site que reunisse todos os trabalhadores e que lá tivesse contato, página pessoal, entre outras coisas."Já me falaram várias vezes que a unificação não daria certo e que já houve várias tentativas, mas ninguém trouxe uma alternativa. O funk precisa de união para ser mais reconhecido e valorizado. Enquanto o axé, por exemplo, consegue patrocinadores para os eventos, o funk não pode, porque não é reconhecido como patrimônio musical e nem cultural”, explica o MC. Segundo ele várias questões poderiam ser resolvidas com a adesão de mais pessoas ao movimento. “Com a associação nós vamos regularizar a situação dos DJs, do plágio, limites para a pornografia. Um baile com o logotipo da APAF será respeitado”.
Para que saia do papel é preciso antes que o grupo encontre uma sede, já que é exigência do cartório. “Nós já estamos fazendo as reuniões há quatro meses, em locais diferentes, na tentativa de trazer cada vez mais pessoas. Nossa meta é atingir, a princípio, 300. Estamos procurando um escritório no Centro da cidade”. A falta do reconhecimento da profissão do Dj é uma outra reclamação dos profissionais do funk,. “DJ’s não são reconhecidos como profissional. Uma pessoa que trabalha em uma boate ganha diferente de quem trabalha em uma equipe de som. Não acho justo”. Para Leonardo, o DJ de funk é o mais injustiçado: “É um absurdo uma boate que cobra R$20 por pessoa e só pagar R$ 60 para o DJ. É ele que tem o swing da noite. Ele que sabe o que faz sucesso ou não”.
Outro ponto que a associação quer solucionar está relacionado com os direitos autorais dos artistas. “Alguns MC’s só estão preocupados se as músicas estão tocando nas rádios, mas não sabem o que é fonograma. Eles precisam se preparar para conhecer a arrecadação do ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição ). Queremos que os artistas estejam melhores preparados”, explica Leonardo.Para o historiador Fernando Pinheiro a associação vem para dar mais apoio aos MC’s, que para ele é o elo mais fraco.
Para que saia do papel é preciso antes que o grupo encontre uma sede, já que é exigência do cartório. “Nós já estamos fazendo as reuniões há quatro meses, em locais diferentes, na tentativa de trazer cada vez mais pessoas. Nossa meta é atingir, a princípio, 300. Estamos procurando um escritório no Centro da cidade”. A falta do reconhecimento da profissão do Dj é uma outra reclamação dos profissionais do funk,. “DJ’s não são reconhecidos como profissional. Uma pessoa que trabalha em uma boate ganha diferente de quem trabalha em uma equipe de som. Não acho justo”. Para Leonardo, o DJ de funk é o mais injustiçado: “É um absurdo uma boate que cobra R$20 por pessoa e só pagar R$ 60 para o DJ. É ele que tem o swing da noite. Ele que sabe o que faz sucesso ou não”.
Outro ponto que a associação quer solucionar está relacionado com os direitos autorais dos artistas. “Alguns MC’s só estão preocupados se as músicas estão tocando nas rádios, mas não sabem o que é fonograma. Eles precisam se preparar para conhecer a arrecadação do ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição ). Queremos que os artistas estejam melhores preparados”, explica Leonardo.Para o historiador Fernando Pinheiro a associação vem para dar mais apoio aos MC’s, que para ele é o elo mais fraco.
“Os MC´s quando começam são inexperientes e acabam sendo usados só naquele momento. Colocam na mídia, fazem sucesso com uma música e depois somem”.
Um exemplo é a famosa Ah, eu tô maluco!!!, cantada pelo MC Maluco. Sucesso nos bailes, em 1997, ele não conseguiu emplacar mais nenhuma composição. Há casos como o MC Leozinho, que depois do sucesso de Ela só pensa em beijar, já tem sua editora e paga os seus fonogramas, mas sozinho não consegue atingir os locais que as equipes Big Mix e Furacão 2000 conseguem.
A associação quer o apoio dos grandes produtores como Rômulo Costa e DJ Marlboro participem. “Nós queremos dialogar com eles”. Para os organizadores, o principal objetivo é transformar o funk em movimento cultural, de carácter popular. Caso isso aconteça, muitos problemas serão eliminados. “Se for patrimônio ninguém vai poder proibir a realização de um baile e poderemos usar a Lei Rouanet entre outros incentivos culturais. Legalmente, a gente nem existe. Nós não queremos apenas reconhecimento, queremos regularizar a nossa situação”, afirma Leonardo.
O grupo quer mostrar que o funk já atingiu todo o país e o mundo. “Nós fazemos uma coisa 100% nacional e que começou na periferia. Hoje só tem dois grupos de funk na Cidade de Deus, isso não pode acontecer”, argumenta Mario. Mas eles não pensam em desistir e tomam o samba como exemplo. “O samba foi muito discriminado e hoje ele é patrimônio. Vamos conseguir isso com o funk também”, complementa.
O historiador Fernando dá algumas dicas para os organizadores da associação. “Eles poderiam dialogar com o hip hop, conversar com o poder público, porque sem eles nada pode ser feito e continuar com a luta. Até porque o funk é uma manifestação e um estilo musical de sucesso da atualidade”.
A associação quer o apoio dos grandes produtores como Rômulo Costa e DJ Marlboro participem. “Nós queremos dialogar com eles”. Para os organizadores, o principal objetivo é transformar o funk em movimento cultural, de carácter popular. Caso isso aconteça, muitos problemas serão eliminados. “Se for patrimônio ninguém vai poder proibir a realização de um baile e poderemos usar a Lei Rouanet entre outros incentivos culturais. Legalmente, a gente nem existe. Nós não queremos apenas reconhecimento, queremos regularizar a nossa situação”, afirma Leonardo.
O grupo quer mostrar que o funk já atingiu todo o país e o mundo. “Nós fazemos uma coisa 100% nacional e que começou na periferia. Hoje só tem dois grupos de funk na Cidade de Deus, isso não pode acontecer”, argumenta Mario. Mas eles não pensam em desistir e tomam o samba como exemplo. “O samba foi muito discriminado e hoje ele é patrimônio. Vamos conseguir isso com o funk também”, complementa.
O historiador Fernando dá algumas dicas para os organizadores da associação. “Eles poderiam dialogar com o hip hop, conversar com o poder público, porque sem eles nada pode ser feito e continuar com a luta. Até porque o funk é uma manifestação e um estilo musical de sucesso da atualidade”.
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